O fenômeno da supercondutividade foi observado pela primeira vez em 1911 por Heike Karmeling Onnes e consistiu, inicialmente, na perda total de resistência elétrica quando o material era resfriado a certa temperatura, chamada temperatura crítica. Contudo, materiais supercondutores impedem que campos magnéticos externos penetrem em seu interior, portanto, possuem também uma característica magnética que foi observada apenas em 1933 por Walther Meissner e Robert Ochsenfeld. Desde sua descoberta até os dias atuais, as temperaturas críticas desses materiais vêm sendo elevadas, portanto, a fabricação de novos materiais com características supercondutoras e melhorias no processo de produção existente formam uma densa área de pesquisa experimental para física da matéria condensada, sendo de muito interesse para o desenvolvimento tecnológico. Além disso, as propriedades térmicas, elétricas e magnéticas de um material supercondutor permitem inúmeras aplicações tecnológicas, algumas já utilizadas em laboratórios de pesquisa ou análise de imagem e outros que ainda não são viáveis economicamente, porém, em um futuro próximo. A presente palestra tem como objetivo trazer um breve resumo sobre a história da supercondutividade e como tais materiais evoluíram em pouco mais de cem anos, relatar os métodos de preparo experimental de uma cerâmica supercondutora e, por fim, alguns exemplos de aplicação dos supercondutores como, por exemplo, transporte e armazenamento de energia, equipamentos de ressonância magnética e trens de levitação.
Referências
LÓPEZ, Ada.; MENDES, Gabriela. Novo
método de fabricação do supercondutor de para aplicação na divulgação em ensino de Física. Notas
Técnicas, Rio de Janeiro, vol.3, n.3, p.24-28, 2013.
SILVA, Ana Carolina de Léo. Estudo
dos supercondutores (Y, Nd) obtidos pelo
método molhado do acetato. 2014,
82f. Dissertação (Mestrado em Física) – Instituto de Física Armando Dias
Tavares. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
VAN DELFT, D; KES, P. A descoberta da
supercondutividade. Revista USP, n. 92, p. 132-141, 2011- 2012.
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