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segunda-feira, 28 de julho de 2014

CINE CIÊNCIA | "A Culpa é das Estrelas"

    
    Não há dúvidas de que a arte imita a vida. E um bom exemplo para essa afirmação são os filmes, que corriqueiramente estão nos apresentando avanços científicos e tecnológicos, sejam eles reais ou fictícios. Essa imitação da vida nos filmes também funciona como uma divulgação do que a ciência já fez ou pode fazer. Inclusive, a própria indústria cinematográfica vem aperfeiçoando a qualidade dos filmes ano após ano, graças aos próprios avanços tecnológicos. 
    A Culpa das Estrelas (The Fault in our Stars), filme que estreou no Brasil no dia 5 de junho de 2014, já é um sucesso de público e bilheteria. Baseado no best-seller homônimo, o filme nos apresenta a história de Hazel Grace, que está com câncer no pulmão e em estado terminal. A jovem vive sua vida com algumas limitações por conta da doença e se trata com um medicamento chamado Falanxifor. Esse fármaco é utilizado para controlar a evolução de tumores, mas ainda está em fase de teste, pois, em muitos pacientes, os tumores continuam a evoluir mesmo com o uso do medicamento. Hazel é um dos casos raros de controle do tumor pelo Falanxifor e, por isso, é acompanhada de perto por uma equipe médica.
  Entretanto, na medida em que o medicamento estava tendo êxito no combate ao câncer, ele também estava agravando um edema e provocando sérios problemas de acumulação de líquido nos pulmões da jovem. Com isso, os médicos se viram em um dilema: continuar o tratamento para o controle do tumor ou interrompê-lo para que nenhum futuro dano grave viesse por fim a vida de Hazel? 
    O fármaco usado no tratamento de Hazel é fictício, criado por John Green, autor do livro, que disse nos agradecimentos da obra que o havia inventado porque gostaria que Falanxifor existisse. E, por mais que tudo isso seja uma obra de ficção, casos como o de Hazel Grace acontecem na vida real. 
    Tratar uma doença com um medicamente pode custar a integridade de algum órgão, por exemplo, ou causar algum outro dano ao paciente. E, nesses casos, o que contribui mais na escolha de continuar o tratamento ou abandoná-lo são as possibilidades ou de também tratar os danos causados pelo medicamento ou de trocar a forma com a qual o tratamento é feito. Mas nem sempre há essas possibilidades. Foi assim com HazelOs médicos decidiram continuar o tratamento com o Falanxifor (porque os resultados do medicamento eram muito bons e favoráveis à jovem) e acompanhá-la mais de perto por conta do edema e da acumulação de líquido nos pulmões, visando um cuidado paliativo.

Revisão: Marta Maximo



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